Com a retomada dos voos diretos que ligam o Brasil à África do Sul, o destino voltou com força total para o nosso radar de viajantes e segue surpreendendo. Além de oferecer experiências impecáveis de safári, essa viagem oferece tradições históricas, vinícolas, cidades litorâneas e um passeio imperdível até o Cabo da Boa Esperança.
O Cabo da Boa Esperança carregou o nome de Cabo das Tormentas por muito tempo e ficou marcado nos livros de história por ser contornado em 1488 pelo navegador português Bartolomeu Dias. Hoje, ele nos recebe de braços abertos como um dos pontos mais bonitos da região da Cidade do Cabo.
Esse patrimônio sul-africano fica a cerca de 70 km da Cidade do Cabo e rende um belo dia inteiro. Em tese, é possível percorrer esse trajeto em duas horas, entretanto, o mais gostoso é aproveitar as inúmeras possibilidades de paradas ao longo do caminho sem pressa.
Siga pela Costa, pois a estrada é linda! Toda recortada entre as montanhas e o mar, nos presenteando com paisagens incríveis como a praia de Noordhoek, Simon’s Town, o porto de Hout e a famosa praia Boulders que vive cheia de pinguins.
Dez points para conhecer no caminho até o Cabo da Boa Esperança
Começamos nosso roteiro saindo da Cidade do Cabo e seguimos pela estrada costeira Chapman’s Peak Drive que se debruça no mar. Ao longo do caminho, passamos por Bantry Bay, um dos bairros mais chiques da região, onde encontramos apartamentos avaliados em mais de oito milhões de dólares.
Ainda nessa rota dos milhões, é a vez de passar por Clifton, outro bairro sofisticado que abriga os apartamentos mais caros da África do Sul, uma espécie de Avenida Niemeyer do Rio de Janeiro.
Em seguida, paramos em Camps Bay, uma praia bacana e descolada. Se tiver mais tempo, volte com calma para almoçar na Victoria Road e aproveitar a vibe do lugar.
O próximo ponto foi Sea Point. Com um gramado lindo e um paredão rochoso que abraça o mar, esse é um lugar especial para muitas fotos. Depois vimos o estádio de futebol de Cape Town, que recebeu jogos importantes da Copa do Mundo da África do Sul.
Almoçamos no The Foodbarn Café & Tapas, na região de Noordhoek. O restaurante tem um ambiente agradável e oferece um menu delicioso de clássicos internacionais com toque sul-africano.
Uma pausa no Sun Valley Shopping, porque afinal ninguém é de ferro. Aliás, em breve vou publicar um artigo falando sobre compras na África do Sul. Fiquei surpresa com as inúmeras opções de produtos regionais de excelente qualidade.
Passamos por uma praia boa para surfistas e por Camel Rock, onde há esculturas de pedra chegando a Cape Town Point.
Nossa última parada, já no Cabo da Boa Esperança, fica em meio a um cenário deslumbrante. Além da clássica foto com a placa indicando o sul do continente, vale seguir até o farol que fica no topo da montanha. Para chegar lá, você pode escolher entre seguir pela trilha ou subir com o funicular histórico. Quando fomos, esta última opção não estava disponível.
Na saída, bem próxima, está a praia dos pinguins, Boulders Beach. Não é possível ir até a areia por ser área de proteção ambiental, mas você pode ficar bem pertinho dos fofos.
O Cabo da Boa Esperança se orgulha de carregar o título de o ponto mais ao extremo sul do continente africano e ser o lugar onde os oceanos Atlântico e Índico se encontram, mas tecnicamente não é bem assim. O Cabo das Agulhas, que fica a 1540 quilômetros a leste, é o verdadeiro campeão, mas como o Cabo da Boa Esperança é o ponto mais famoso, ele segue sendo reconhecido por isso (e ficando com toda a reputação).
Como fazer o passeio até o Cabo da Boa Esperança?
Não é possível chegar até o Cabo da Boa Esperança usando transporte público, mas alternativas não nos faltam. É possível fazer o tour combinando com um motorista de aplicativo, com um taxista, alugando um carro (mas lembre-se de que a África do Sul adota o sistema de mão inglesa, ou seja, você terá que dirigir no lado oposto ao que estamos acostumados) ou ainda contratar um tour fechado.
Quanto custa o ingresso para visitar o Cabo da Boa Esperança?
A região do Cabo da Boa Esperança faz parte do Parque Nacional Table Mountain e é uma área de preservação, além de ser considerada patrimônio sul-africano. Ao longo do caminho, cruzamos com uma vegetação rasteira com flores diferentes e um mar agitado.
Se você fizer o passeio por conta própria, vale comprar os ingressos online. O site oficial é o capepoint.co.za e vende tanto as entradas do parque quanto o funicular. Ambos custam 105 rands, algo em torno de 35 reais cada.
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