Reuni uma pequena lista com informações básicas para você que está sonhando com férias diferentes no sudeste asiático. Apesar de a vizinha Tailândia ser mais famosa, o Vietnã rouba a nossa atenção. Ao contrário do que muita gente pensa, não é um país devastado pela guerra. Vale lembrar que a retirada das tropas americanas se deu há mais de 50 anos. Não é à toa que os vizinhos do sudeste asiático ficam de olho nele. 

As atrações são bem variadas e não há monotonia na viagem. O nome Vietnã significa “gente tranquila”. De fato, o povo é calmo e recebe muito bem os visitantes. 

Como chegar até o Vietnã?

Diversas companhias aéreas conectam o Brasil com o Vietnã, mas prepare-se para encarar uma longa viagem com direito a conexões, pois não existem voos diretos. Air China, Turkish Airlines, Air France e KLM são alguns exemplos de empresas que levam os brasileiros até Hanói.

Entretanto, a Emirates e a Qatar são os primeiros nomes que nos vêm à mente quando pensamos numa ligação até o sudeste asiático. A primeira empresa oferece uma rota com conexão em Dubai e a segunda em Doha em voos com duração aproximada de quatorze horas. Depois do tempo de espera em solo, são mais seis horas até a capital do país.

Geografia do Vietnã

O Vietnã fica no sudeste do continente asiático, é banhado pelo mar do sul da China e faz fronteira com a própria China, o Laos e o Camboja. 

O país abriga mais de 97 milhões de habitantes que vivem principalmente nas zonas rurais e, hoje, é considerado o oitavo mais populoso da Ásia. 

Entre montanhas, planaltos e um extenso litoral, possui clima tropical, com influência das monções (compartilho mais detalhes sobre esse tópico logo mais).

Brasileiros precisam de visto para entrar no Vietnã?

Sim! Brasileiros precisam de visto para entrar no Vietnã, mas não se preocupe, pois o processo é simples e rápido. O país oferece um tipo de visto que pode ser providenciado online e se chama e-visa.

O primeiro passo é acessar o site vietnam-visa.com e reunir os seguintes documentos:

• Passaporte brasileiro com no mínimo seis meses de validade a partir da data prevista de entrada no Vietnã (ele também deve ter duas páginas em branco)
• Uma cópia em JPG da página do seu passaporte com seus dados pessoais
• Uma foto para documentos digital em formato JPG
• E-mail de cadastro.
• Cartão de crédito ou débito para confirmar o pagamento

Depois, siga esse caminho:

• Preencha o formulário de solicitação de visto on-line e efetue o pagamento.
• Receba a carta do visto no e-mail cadastrado no prazo de processamento solicitado.
• Faça o download do seu e-visa e o apresente ao oficial de imigração do Vietnã ao chegar no país.

O e-visa que dá direito apenas a uma única entrada no país custa vinte e cinco dólares e pode ser liberado em até sete dias úteis, mas o governo pede que os turistas entrem com o pedido com antecedência entre duas e três semanas antes da viagem.

Confira a lista no site indicado acima com todos os pontos de entrada que permitem que o acesso seja liberado pela imigração com o e-visa.

Qual é o idioma oficial do Vietnã?

Eles falam vietnamita e arranham um pouco de inglês, mas é possível se comunicar principalmente nos grandes centros turísticos. Também encontramos guias que falam português. Em último caso, o Google Tradutor ou aplicativos desse tipo sempre nos salvam de qualquer enrascada na hora da comunicação.

Qual é a moeda usada no Vietnã?

Chamada de dong vietnamita, sua sigla é VND. Hoje, um dólar equivale a cerca de 25.500 VNDs, enquanto um real compra 4.110 dongs. Não é possível trocar reais por dongs nas casas de câmbio no Vietnã. Leve seu cartão de crédito e seu cartão de débito de conta internacional, mas vale ter sempre em mãos dinheiro em espécie trocado para pequenos gastos durante o dia a dia na viagem.

Fuso-horário e geografia do Vietnã

O fuso-horário é de mais dez horas em relação ao Brasil. A extensão territorial é grande e a sua geografia lembra o formato de “S”. No norte, o país faz fronteira com a China, no oeste com Laos e no sudeste com o Camboja.

Como se locomover no Vietnã?

Os deslocamentos que fizemos nessa viagem pelo Vietnã foram feitos de avião com a companhia Vietnam Airlines e foi uma experiência bem tranquila. Alguns, organizados por empresas de receptivos locais.

Não espere encontrar uma boa infraestrutura de transporte público. Aplicativos como Grab e Gojek funcionaram bem, assim como táxis (aqui vale negociar o valor da corrida antes de entrar). Para os mais corajosos, ainda é viável alugar uma scooter e tentar sobreviver no trânsito caótico.

Qual é a melhor época para viajar pelo Vietnã?

Das montanhas elevadas no norte que fazem fronteira com a China até os planaltos úmidos mais ao sul, o clima no Vietnã pode impactar sua viagem.

Note que o norte, centro e sul do país apresentam características de microclimas diferentes. Vale ficar atento! Entre maio e outubro, é o pico da temporada de chuvas no norte e no sul. O auge das monções na região central acontece principalmente entre agosto e o final do ano. 

Por isso, resumidamente, é recomendável fugir da época de chuvas na região, sendo entre novembro e abril (maio é considerado o mês mais quente) o melhor período para viajar.

O que levar na mala para o Vietnã?

Roupas leves, de tecidos naturais. Sabe aquela peça que respira bem e aguenta até o verão no Rio de Janeiro? Pode colocar na mala! Itens sintéticos podem potencializar a sensação do calor forte e úmido da região.  

Se o seu roteiro contempla uma viagem de norte a sul, lembre-se de que o norte mais próximo das montanhas costuma ser mais frio. Leve um casaco. Evite roupas muito curtas e decotadas, principalmente ao visitar templos e espaços religiosos. 

Calçados confortáveis, como tênis, são essenciais durante os dias de passeios e caminhadas. 

Gastronomia vietnamita e compras: o que vale a pena?

A cozinha do Vietnã é uma atração turística à parte, então não deixe de se aventurar nesses sabores ou de aproveitar um tour de comidas de rua. Fiz uma aula de cozinha vietnamita em Hoi An e adorei!

Para quem não está muito habituado à comida asiática, é possível encontrar diversas opções internacionais. Deixo aqui minha outra dica: prove as cervejas Saigon Lager e Hanoi Beer. Elas são ótimas!

O quesito compras também merece destaque: vestidos vietnamitas, cerâmicas, tapeçaria, alfaiataria, pinturas com temas regionais e joias são apenas alguns itens quase irresistíveis. Hoi An despertou meu senso consumista e eu quis trazer um pouco do país na mala. Dá para garimpar muita coisa bonita por lá.

É preciso contratar um guia ou um pacote fechado para conhecer o Vietnã?

Para rodar em Hanoi, Hoi An e Saigon, não há necessidade. Para os passeios afastados, sim. Há agências e guias que fazem esse serviço. Se tiver interesse, mande uma mensagem e nós organizamos tudo para você.

• Veja o nosso roteiro completo pelo Vietnã.

Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando o assunto é África do Sul? Provavelmente, a sua resposta será safári, grandes animais e savana. Talvez você pense em vinhos e na história do Nelson Mandela. Hoje, porém, quero compartilhar outro lado do país: as inúmeras opções de compras. 

Desde artesanatos, vinhos e azeites, roupas e acessórios, a África do Sul também pode ser uma tentação para o cartão de crédito. Fiquei encantada com o que vi! O foco dessa viagem está longe de ser as compras, mas quem não gosta de trazer algo diferente para lembrar dos lugares?

O que vale a pena comprar

Inicialmente, você precisa saber que barganhar faz parte do jogo. Pedir descontos e tentar negociar um bom preço é quase um traço cultural do país. É natural na hora de fechar um negócio, principalmente nos pontos mais turísticos ou centros de artesanato.

O que vale a pena comprar na África do Sul

Você é do time que gosta de bebidas licorosas como Amarula? Sabia que esse clássico dos bares vem da África do Sul? Além de ser mais em conta quando comparado com os nossos valores, também é possível encontrar outros produtos que levam esse drink, principalmente chocolates.

Quando o assunto é vinho sul-africano, a disputa fica acirrada. São inúmeros rótulos de qualidade e com valores mais acessíveis do que no Brasil. Vale a pena comprar safras ou blends especiais que não são vendidos aqui. E ainda, como lembrança da visita à vinícola.

O supermercado local é uma boa fonte de compra, também. Como proteger as garrafas nas malas? Você pode envolvê-las em fraldas infantis ou ainda comprar aquelas embalagens protetoras de vinhos que vêm com bolhas de ar. Em alguns lugares, elas são chamadas de air bags. É possível comprar no Mercado Livre.

Outro item que pode passar despercebido é o azeite. A África do Sul tem uma linha seleta de azeites de alta qualidade, graças às condições do clima e da geografia privilegiada de Stellenbosch e Franschhoek. 

Para quem gosta de chás diferentes, o de rooibos é o recomendado. Uma erva típica do país com propriedades antioxidantes.

Lenços, joias, artesanatos e objetos de decoração também merecem o nosso olhar. 

Dicas de compras na Cidade do Cabo.

A Cidade do Cabo, além de ser uma das cidades mais bonitas do continente africano, também bate um bolão no quesito compras. De marcas de luxo internacionais até designers africanos, possibilidades não faltam.

O Waterfront é o ponto de partida para desbravar lojas e galerias. Ali, encontramos diversos espaços comerciais visitados pelos turistas, como o Victoria Wharf Mall e o The Watershed — um grande galpão que abriga vários tipos de vendedores.

Para encontrar artesanato, souvenir e objetos para casa, o Waterfront Craft Market e o Greenmarket Square (que fica entre a Long Street e Loop Street) são ótimas opções. Lembre-se de barganhar e percorrer todos os corredores antes de fechar o negócio.

O Canal Walk e o Cape Quarter são outros shoppings muito bonitos, com inúmeras lojas de marcas globais e negócios regionais criativos.

Já o Old Biscuit Mill é aquele complexo que lembra os mercados da Europa ao misturar gastronomia de qualidade e designers locais. É um passeio gostoso e divertido!

Dicas de compras em Joanesburgo.

Para quem não perde uma caminhada despretensiosa pelo shopping, Joanesburgo entrega endereços bem grandes. O Sandton City é o centro comercial mais conhecido, abrigando marcas internacionais e sul-africanas. Entretanto, bem próximo dessa área, fica o shopping Nelson Mandela Square, uma alternativa para compras e restaurantes.

Uma área comercial relativamente nova que guarda bons endereços de compras em Joanesburgo atende pelo nome de Melrose Arch. Por fim, o Rosebank Mall é uma alternativa para os shoppings mais badalados da cidade.

A cereja do bolo está na loja do aeroporto. Um apanhado de todos esses itens e com uma variedade de cores, tipos e ótimos preços. Então, se você não conseguiu comprar nada na sua viagem, prepare-se para ao que vai encontrar pela frente. Eu me surpreendi, por isso resolvi escrever esse post. 

Ufa! Acho que você vai precisar despachar mais uma bagagem!

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Wine not?

Uma viagem pela África do Sul rende ótimas experiências, que vão dos safaris até cidades históricas, belas praias, montanhas e vinho. Para os fãs do Enoturismo, Stellenbosch e Franschhoek não podem faltar no roteiro.

São as regiões viticultoras mais famosas e ficam próximas à Cidade do Cabo. Para ser mais precisa, existem quatro destinos que se destacam mundialmente como produtores da bebida, sendo eles: Stellenbosch, Franschhoek, Constantia e Paarl, mas as duas primeiras costumam receber o maior número de turistas.

Influenciadas pelo clima ameno desse vale sul-africano e pelos ventos que vêm do Atlântico e do Índico, as uvas encontraram aqui combinação perfeita de solo e temperatura, resultando em alguns dos rótulos mais cobiçados do novo mundo. Dizem até que Napoleão caiu de amores pelos vinhos produzidos no país.

Franschhoek

Franschhoek significa “cantinho francês” na língua africâner. A cidade foi fundada no século XVII por franceses expulsos do seu país. Foram eles que começaram a desenvolver a cultura do vinho na região e aproveitaram o cenário envolto por vales e montanhas para criar um espaço charmoso e que hoje nos recebe com infinitas possibilidades de degustações e harmonizações.

Tanto Franschhoek quanto Stellenbosch têm se fortalecido como destinos perfeitos para viagens de lua de mel ou para os apreciadores dos vinhos graças às inúmeras opções de hotéis especiais, vinícolas belíssimas e restaurantes estrelados.

Aliás, a despeito de toda influência francesa, a uva mais cultivada nesse ponto é a pinotage. Não deixe de provar!

Uma forma agradável de conhecer a região de Franschhoek é pegando uma carona no Wine Tram, um simpático bondinho vintage que nos faz viajar pelo mundo dos vinhos sul-africanos. Ele funciona como uma espécie de hop on/hop off que passa pelas vinícolas.

Cinco linhas distintas percorrem diferentes bodegas. Esse passeio permite que o visitante pare em várias adegas, prove vinhos diferentes, almoce ou ainda aproveite para passear pelos vinhedos.

Veja os roteiros:

• Linha azul: La Bri, Holden Manz, Maison, Eikehof, Klein Goederust, Grande Provence e Franschhoek Cellar.
• Linha vermelha: Mont Rochelle, Haute Cabrière, Lynx, Paserene, Rickety Bridge, Grande Provence e Franschhoek Cellar.
• Linha rosa: Rickety Bridge, Grande Provence, Franschhoek Cellar, Atlas Swift, Leopard’s Leap, Dieu Donné, Chamonix e Pigcasso.
• Linha laranja: Boschendal, Plaisir, Noble Hill, Babylonstoren, Baccō e Vrede en Lust.
• Linha azul-marinho: Plaisir, Vrede en Lust, Boschendal, Allée Bleue, Camberley, Bartinney, Le Pommier e Zorgvliet.

Os ingressos custam a partir de 330 rands e podem ser reservados direto no site. A empresa ainda oferece algumas degustações customizadas e também a opção de reservar um transfer saindo da Cidade do Cabo.

Stellenbosch

Stellenbosch é a segunda colônia europeia mais antiga na África do Sul, só ficando atrás da Cidade do Cabo. Foi fundada em 1679 e até hoje preserva suas ruas e casas construídas com características holandesas.

A cidade também aproveitou as suas condições ideais de clima e solo para o cultivo de uvas e virou referência na produção de vinhos de alto padrão no continente africano. Hoje, 150 vinícolas ficam por ali.

O centro é pequeno, consegui conhecê-lo em menos de uma hora de caminhada. A Church Av. é a rua principal, com lojinhas fofas, bares e galerias de arte com obras africanas lindíssimas.

Delaire Graff Lodges & Spa

Meu primeiro ponto de parada foi em uma belíssima vinícola que também funciona como hotel e atende pelo nome de Delaire Graff Lodges & Spa. Nas encostas das montanhas e com uma vista espetacular para os vinhedos, pude relaxar fazendo uma degustação de três vinhos. Eles também fazem parte do seleto grupo de hotéis Relais Chateaux.

Tokara Wine Estate

Depois, segui até a Tokara Wine Estate, que fica no cume do Helshoogte Pass, a cinco quilômetros de Stellenbosch. A vinícola apresenta uma bela arquitetura e surpreende com um panorama fantástico para as Montanhas Simonsberg, False Bay, Table Mountain e o exuberante Vale Idas. Além do wine tasting, é possível fazer uma degustação de azeites ou pedir uma tábua de queijos.

Reserve uma mesinha no deck de madeira debruçado nos vinhedos para apreciar a vista.

The Werf Food Garden

Almoçamos em uma Farm House, a The Werf Food Garden, muito bonitinha e com uma comida maravilhosa! Há um jardim para piquenique, delicatessen e uma loja com artigos de casa super charmosos. Ela fica em uma fazenda histórica chamada Boschendal.

Como chegar na região das vinícolas perto da Cidade do Cabo?

Stellenbosch e Franschhoek ficam a noventa quilômetros da Cidade do Cabo. É perfeitamente possível fazer um passeio de um dia completo pela região e conhecer algumas vinícolas, mas se tiver mais tempo e quiser aproveitar esse clima tranquilo entre uma degustação e outra, vale a pena reservar um dos hotéis charmosos.

Levamos uma hora de carro em um transfer privativo até Stellenbosch.

O transporte público é bem limitado. Assim como mencionei no texto sobre o passeio até o Cabo da Boa Esperança, para visitar as vinícolas, recomendo contratar um motorista privado / táxi, ou até mesmo recorrer ao aluguel de um carro.

Não se esqueça de que a África do Sul adota o sistema de mão inglesa, portanto acabamos dirigindo do lado oposto ao que estamos mais acostumados aqui no Brasil. E se optar por essa opção, tenha em mente que as condições das estradas são ótimas e bem sinalizadas, mas lembre-se de que, se for beber, não dirija.

Se precisar, entre em contato conosco. Montamos o seu roteiro pela África do Sul.

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