Destinos Internacionais, Islândia

O nosso roteiro completo na Islândia dia a dia com as principais atrações, hotéis e muitas dicas

23 de novembro 2021

Rodamos 3.100 km nos quatro cantos do país. Fizemos em 12 dias e consideramos um tempo suficiente para conhecer bem o país. No entanto, há quem faça em 5 dias a Ring Road apenas os principais pontos. Particularmente, acho que para 5 dias seria melhor ficar somente no sul, pois têm muitas atrações bonitas.

As estradas são ótimas, pavimentadas e bem sinalizadas, em mão dupla. Não possuem acostamento e, este fato, se deve à baixa densidade demográfica do país, pois antigamente não haviam muitas pessoas circulando. Somado a isso, o alto custo das obras de acostamento, como já disse lá em cima.

Há controle de velocidade e a multa é alta para quem desrespeita. Então, não ultrapasse o limite.
Importante dizer que as paisagens são belíssimas no verão. Cavalos soltos nas imensas propriedades. Parecem selvagens, mas não são. Eles possuem chip para controle. As ovelhas gordinhas contrastando com o verde das montanhas. O feno embalado em plástico, por causa da chuva formam vários pontinhos brancos e pretos na grama.

Dia 01: Blue Lagoon e caminhada de reconhecimento em Reykjavik

O nosso primeiro dia começou na Blue Lagoon, a atração mais famosa da Islândia.

Uma lagoa artificial (piscina), de águas geotérmicas, abastecida por água usada na estação de energia geotérmica de Svartsengi. A cor da água é azul leitoso, devido à quantidade de sílica. Ela forma uma lama branca macia no piso da piscina. A água é renovada a cada dois dias.

Para quem não gosta de água fria, esse é o lugar! 38 graus! Quase uma sopa!

É uma atração “turistona”, mas não é furada. Há quem diga que é cara e fica lotada. Aproveitamos muito! Não estava cheia, pois há controle de horário de entrada, ou seja, quanto mais cedo, mais vazia. Como não há horário específico para a saída, vai ficando mais cheia. Por esse motivo, vale a pena reservar com antecedência. O tempo de permanência é livre.

Antes de entrar na piscina é necessário tomar um banho com sabonete e lavar as partes íntimas para higiene. Eles informam que a água pode estragar o cabelo. Recomendam muito para não molhá-lo e mesmo assim usar condicionador.

A reserva pode ser feita pelo site e com possibilidade de 3 pacotes: comfort (inclui toalha, drink e uma máscara facial de sílica), premium (tudo do básico, mais um drink, chinelo e roupão) e o luxury (5 horas, suite privada, máscaras e acesso ilimitado no spa).

Valores em agosto/2021: Comfort: 44 euros; Premium: 56 euros; Luxury: 306 euros.

O básicão foi ótimo, porque levamos o roupão do hotel e o chão é emborrachado. Você já sai direto na piscina.

É acessível para cadeirantes e proibida a entrada para menores de 2 anos. A estrutura do local é ótima, contando, além dos vestiários, com bar, o restaurante Lava, spa, loja e até um hotel.

Fica a cerca de 50 km de Reykjavík e, tão perto do aeroporto internacional (20 km), que alguns turistas optam por visitá-la assim que chegam ou antes de ir embora.

Depois, fizemos uma caminhada de reconhecimento pela capital. Veja o nosso roteiro no post específico Roteiro de 1 dia em Reykjavik: capital da Islândia.

Jantamos no restaurante Apotek localizado na Praça Austurstræti. O ambiente é acolhedor e animado. O cardápio é variado e conta com uma mistura de culinária islandesa e europeia com grelha argentina. A reserva é necessária, pois após às 18:00 é concorrido.

Ficamos no Hotel ICELANDAIR  Reykjavík natura.  Endereço: Nauthólsvegur 52 101 Reykjavík.

Recomendamos o Borgen em estilo mais tradicional e que escolhemos para a última noite na capital. Além desse, o Radison Blu, bem localizado, em frente ao cachorro quente mais famoso.

Dia 02: Golden Circle (Parque Nacional de Thingvellier, as cataratas Gulfoss e a região dos Geysirs)

O chamado Golden Circle (Círculo Dourado) é uma rota turística no sul da Islândia e abrange atrações com significado histórico importante para o país. Além disso, compõem paisagens lindíssimas.

Estão incluídas: o Parque Nacional de Thingvellier, as cataratas Gulfoss e a região dos Geysirs. No norte, há o Diamond Circle (Círculo de Diamantes) localizado no Norte, próximo ao Lago Myvatn, mas falaremos mais a frente.

De Reykjavik para o Parque Nacional de Thingvellier, são 40 km, cerca de 40 minutos. Fãs da série “Game of Thrones” vão enlouquecer, porque várias cenas foram gravadas no parque.

Considerado Patrimônio da UNESCO, situa-se em uma área vulcânica. Como tudo na Islândia, o parque é organizado e preparado para receber os viajantes. Estrutura boa, com banheiros, restaurante, estacionamento, lojinha com souvenir e roupa de frio.

Atrações do Parque Nacional de Thingvellier:

O encontro das placas tectônicas da América do Norte e Eurásia. Inclusive, você pode mergulhar para conferir de perto. É um tour guiado e a roupa de proteção não permite que você se molhe na água a 2 graus, exceto no rosto, por causa do snorkel. E, se não quiser se aventurar, tudo bem: aproveite a sensação de caminhar entre dois continentes! Foi o que fizemos.

Você sabia que o primeiro parlamento do mundo foi lá, no ano de 930? Neste aspecto, vale destacar que a Islândia elegeu este ano (2021) um parlamento majoritariamente feminino, primeira vez que isso acontece em um país da Europa.

O parlamento mais antigo do mundo é visível. As reuniões eram realizadas ao ar livre, em torno da rocha da justiça (Lögberg), onde se avista a bandeira islandesa.

Há também a igreja considerada a primeira erguida na Islândia.

Oxarárfoss: uma cachoeira de 13m de altura, rodeada por rochas lisas e negras, cujas águas caem da falha geológica de Almannagjá, localizada no limite da divisa das placas tectônicas. No verão, a cachoeira é simplória, mas no inverno fica congelada e exuberante. Também fez parte de um dos cenários da série “Game of Thrones”.

Esse parque foi o centro da cultura islandesa, local da proclamação da independência e hoje é símbolo da unidade nacional. Serviu como cenário para a série “Game of thrones”. Na quarta temporada, Arya caminha com o cachorro por uma trilha.

Ah! Não esqueça de levar a sua garrafinha. Você pode abastecê-la na torneira do banheiro. Sai geladinha e direto da fonte. Puríssima!

O parque é gratuito, mas há o estacionamento por 750 coroas (= R$ 33,00).

De lá, seguimos por 53 minutos de carro na estrada para conhecer a região dos geysirs.

Geysir significa “jorrar”, considerada uma nascente eruptiva, localizada no Vale de Haukadalur, uma das áreas de maior atividade geotérmica da Islândia. O mais famoso é o Strokkur cujo lançamento de água é da altura de 30 metros, a temperatura de 90 a 100 graus Celsius.

Gulfoss ou “cachoeira de ouro” fica a poucos quilômetros do Geysir. Um volume de água sinistro e que impressiona. É possível chegar bem perto por diversos ângulos e sentir a força da água e como a natureza já diz a que veio na Islândia.

É composta por duas cataratas de águas provenientes do Rio Hvitá. A primeira parte possui em torno de 11 metros de altura, enquanto a segunda 20 metros, formando um total de 30 metros.

Dia 03: cratera de vulcão (Kerid Crater), fazenda de tomates (Fridheimar), Secret Lagoon, cachoeiras (Sejjalandsfoss e Gljúfrafoss) e mirante com papagaios do mar

Hoje, iniciamos a nossa viagem pela Ring Road (Hringvegur) para dar a volta na Islândia! Vibrando muito nessa viagem!

Saímos de Reykjavik em direção à Vik. Se fôssemos direto seriam 2:28 minutos. Importante você calcular o tempo de um local para o outro no planejamento da sua viagem. No verão, as estradas estão abertas e o tempo do percurso pode ser menor do que no inverno. Faça o seu roteiro levando em conta distância e tempo.

A nossa primeira parada foi Kerid Crater. A cratera de um vulcão com um lago verde esmeralda. Lindíssima! É possível caminhar no seu entorno e descer até a beira. Há uma escada de madeira de fácil acesso. Na beira do lago, há um banco. Sente e contemple a bela paisagem debaixo para cima. No entanto, no inverno não é possível descer por questões de segurança devido à neve. Proibido o mergulho.

Em seguida, reservamos o almoço no primeiro horário em uma fazenda de tomates (Friðheimar), há 13 minutos de Kerid. O programa é turistão, mas adoramos. A comida é deliciosa, o atendimento gentil, além da experiência de almoçar em meio aos tomates, dentro de uma estufa. Não deixe de provar o sorvete de tomate.

Se tiver tempo, depois do almoço é possível fazer uma visita aos cavalos. É necessário fazer o agendamento.

Fomos em direção à fonte termal mais antiga da Islândia, a Secret Lagoon. Frequentada por locais e sem aquele glamour da Blue Lagoon, mas super charmosa. Um banho termal raiz! Nós só passamos para conhecer, porque o dia estava bem intenso.

A estrada é uma atração à parte: cavalos, ovelhas gordinhas, fenos, muito verde etc.

Seguimos para a Sejjalandfoss, com 60 metros de queda d’ água provenientes do glaciar do vulcão Eyjafjallajökul. Da estrada, é possível avistá-la e, conforme você se aproxima, percebe a magnitude e a beleza.

Há uma trilha curta, contornando a cachoeira. Inclusive, passamos por trás dela e foi uma emoção só. O arco íris apareceu para completar! No verão, acontece com frequência nas cachoeiras.

Ao lado, há uma outra cachoeira chamada de Gljúfrafoss (cachoeira dentro de uma caverna), onde é possível entrar e apreciá-la de baixo para cima. Importante os sapatos e roupas impermeáveis.

No caminho, há uma placa com as indicações sobre o vulcão Eyjafjallajökul. Paramos, mas achei desnecessário, pois há somente informações sobre a erupção. Se você tiver curiosidade, vale a pena a parada.
Rútshellier antigas cavernas onde viviam povos da antiguidade.

Chegamos na Skogafoss, uma das mais visitadas da Islândia. Muitas vans fazem a sua parada estratégica ali para pernoite. A cachoeira tem 60 metros de altura e cerca de 25 metros de largura. O arco íris é visível, em razão da grande quantidade de partículas de água.

Difícil é achar um lugarzinho para pegar um bom ângulo sem ninguém atrás. Risos!
Se quiser ver a cachoeira de cima para baixo, há uma trilha um pouco íngreme levando até lá.

O vilarejo de Skogar, fica a 5 km, caso queira visitar.

A parada seguinte foi para ver os destroços do avião Dakota Wreck, em Sólheimasandur, uma das atrações. Confesso que eu não queria ver, mas o Marcello insistiu. Andamos por quase 1 hora. São cerca de 8 km ida e volta. Um lugar descampado, onde o vento quase nos levava e com o chão de pedrinhas. Para quem se animar, três dicas: sapatos apropriados, leve água e vá ao banheiro antes.

Qual a história do avião Dakota? O avião C-47 da Marinha americana caiu em 1973 na praia Sólheimasandur. Não se sabe exatamente a causa do acidente. Alguns dizem que foi por falta de combustível e outros dizem que a baixa temperatura do inverno congelou os motores. Haviam sete tripulantes e todos sobreviveram.

Não achei que valeu, mas tem gente que fica alucinada ao ver o avião e tira muitas fotos instagramáveis. Encontramos um bom número de pessoas por lá, sinal de que o povo gosta.

Fechamos o dia com chave de ouro em Dyrhólaey. Uma península com vista panorâmica espetacular. Do lado esquerdo, debruçado na praia de areia negra de Reynisfjara, de onde é possível avistar duas formações rochosas de lava saindo do mar, a Reynisdrangar.

Some a essa vista, centenas de papagaios do mar (puffin) vindos do Oceano Atlântico, sobrevoando as nossas cabeças e fazendo outras coisas. As aves são cinematográficas e conseguiram reunir a maior quantidade de fotógrafos de toda a nossa viagem. Eles são imponentes e fazem pose. A melhor época para vê-los é no verão. Aliás, as aves migratórias são vistas nessa estação.

Ao lado direito, há um farol e uma vista para as falésias da praia de Dyrhólaey. Atenção, pois o mirante é bastante perigoso, com risco de rolamento de pedras. Fique longe da beirada.

Que tal essa road trip? O nosso primeiro dia foi maravilhoso!

Pernoite em Vik no hotel: VOLCANO HOTEL  Ketilsstaðaskóli, Vik I Myrdal, 871.

Dia 04: Praia de areia negra Reynisfjara, Parque Nacional Skaftafell, lagoas glaciares e Diamond Beach

 
Bora para estrada? Na saída do hotel, 7 graus e uma chuvinha fina com vento. Nada de desânimo se o tempo mudar. Vá preparado, pois esse fato é constante.

Primeiro point, próximo à cidade de Vik, a famosa praia de areia negra formada por pedras vulcânicas de Reynisfjara. Chegamos cedo, pois é muito procurada por turistas. Encontramos poucas pessoas, o que possibilitou altas fotos.

Chovia e ventava horrores, mas não abalou a beleza estonteante de um dos cartões postais da Islândia. Do lado esquerdo, há colunas de basalto formando uma bela montanha cor de chumbo, chamada de Gardar, como se fosse uma espécie de peças de legos gigantes, encaixadas e fincadas agressivamente umas nas outras.

Ao lado, uma caverna com grande abertura, Hálsanefshellir, um dos cenários da série Game of Thrones.

É possível ver o alto do penhasco de Dyrhólaey, local que finalizamos o dia anterior e onde havia os papagaios do mar. Agora, uma visão de baixo para cima.

Importante salientar que a praia é considerada a mais perigosa da Islândia. O mar assusta e as ondas se aproximam rapidamente, por isso são chamadas de “ondas tênis”. A explicação é que as águas são originadas na Antártida, há fortes correntes marítimas e nenhum obstáculo até chegar à costa da Islândia. Por isso, fique atento as placas e aos avisos. Mantenha a distância de 30 metros. Uma leve distração pode provocar um acidente grave, como já aconteceu.

No canto esquerdo, há dois grandes rochedos surgindo do mar, Reynisdrangar. Muitos acreditam que são trolls petrificados pelo sol e outros dizem que são colunas de basalto que se desprenderam das montanhas. Seja lá qual for a explicação, a beleza é surreal.

As praias super diferentes de areia preta da Islândia se devem a atividade vulcânica. O resfriamento rápido de lava em contato com o mar ajuda a formar grandes pedaços que vão diminuindo com a erosão provocada pelo vento, chuva e mar.

A segunda parada foi no Canyon FJdrárgljúfur, que ficou muito conhecido depois que o Justin Bieber esteve lá, em 2015, para gravar “I’ll Show You”. O lugar é muito bonito mesmo. Há uma trilha com chão emborrachado e anti derrapante levando à vários ângulos.

Dverghamrar são formações rochosas basálticas, que dizem ser habitadas… por duendes e trolls! Uma trilha curta de menos 5 minutos e fácil de visitar.

O Skaftafell National Park merece um tempinho maior para visitação. Assim, reserve uma manhã ou uma tarde inteira. São duas trilhas de 40 minutos. A trilha da direita vai para as geleiras e a da esquerda para a cachoeira. Fizemos a trilha até as geleiras e foi bem tranquila. Plana e bem sinalizada.

Você pode contratar no local o trekking na geleira com duração de 3:30 a 4:00. Achamos super interessante, mas estávamos com o horário apertado. Assim, preferimos curtir o Parque. Pesquise e agende antes de ir, pois há horário certo de saída. Além disso, na alta temporada costumam ficar cheios.

Na nossa programação, conseguimos encaixar o passeio de barco na lagoa glaciar de Jokulsárlon. Contratamos no quiosque do parque. Há horário marcado.

FJallsarlon e Jokulsárlon são as lagoas formadas pela água do degelo do Glaciar Vatjanokull, com icebergs e glaciares. Fizemos um passeio de barco para chegar bem perto (duração de 1 hora). Achei muito turistão, daqueles que não valem a pena.

O barco foi lotado e mal dava para ver os icebergs do lado oposto ao que estávamos sentados. Quando voltamos, caminhamos até a beira do lago e vimos os blocos de gelo.

Finalizamos em Diamond Beach, em frente às lagoas glaciares. O visual no verão não é tão bonito quanto no inverno. Há relatos de que os blocos de gelo que se desprendem das geleiras de Vatjanokull, em vários formatos e cores (brancos, azuis e cristalinos), constituem a principal atração. Verdadeiras esculturas de gelo que se modificam constantemente. Inclusive, fazendo jus ao nome da praia. O contraste da areia negra vulcânica com os pedaços de gelo, que parecem diamantes, é o que chama a atenção.

Quando fomos, no verão, não haviam blocos de gelo. Caminhamos nas pedras e pudemos chegar bem perto do mar. No entanto, a mesma recomendação vale para cá. Não fique tão próximo, pois as ondas são extremamente rápidas.

Minha sugestão, se estiver com o tempo apertado, pule Deverghamrar e o barquinho perto dos blocos de gelo. Reserve um tempo maior para o Skaftafell National Park.

Pernoite em Höfn. Uma cidadezinha maior do que Vik. O nosso hotel foi EDDA HÖFN (Grupo Icelandair Hotels) Ránarslóð 3, Höfn, 780.

Dia 05: Nordeste da Islândia (praia de areia preta de Stokksnes, montanhas de Vestrahorn, Djupivogur, farol de Hafnarnes, Fardagafoss, Seydisfjordur)

Bora para mais um dia de belezas naturais? Nesse dia, subimos mais um pouco em direção ao norte. O nosso objetivo é de passar pelas montanhas até a charmosa cidade de Seydisfjordur.

Passamos em Vestrahorn, montanha próxima à Hofn (10 minutos), com pedras negras e soltas, conhecida como montanha do Batman. Tem 454 metros de altura e, curiosamente, é de rocha plutônica. A impressão é de que as pedras negras estão encaixadas e podem desmoronar a qualquer momento, mas é só uma percepção.

O dia estava nublado e não conseguimos enxergar o pico da montanha, mas se você conseguir um tempo bom com sol, aí prepare-se para muitas fotos, porque o visual é de tirar o fôlego.

No mesmo lugar, a praia de areia negra de Stokksnes. É uma propriedade privada. Então, é preciso pagar a entrada em um restaurante café. Como as atrações são gratuitas e é proibido o impedimento da entrada pelo proprietário, muitos ficam insatisfeitos em pagar para ver a praia. Tem até uma cancela, evitando a burla na entrada sem o pagamento.

Nós fomos até lá e vale a pena. Dizem que se tiver sorte, é possível ver focas do alto das pedras no canto direito. Atravessamos as pedras e vasculhamos na esperança de encontrar alguma, mas não foi dessa vez. De qualquer forma, recomendo a ida, devido à vista e à lindeza da praia.

Acredito que no inverno, a montanha coberta pela neve seja ainda mais incrível.

De lá, seguimos para Djupivogur, uma cidadezinha de pescadores e cheia de curiosidades. Na estrada estreita e sinuosa, lembrando a Highway One da Califórnia, com precipício, penhascos e um belo mirante, fizemos algumas paradas onde era possível.

A cidade pitoresca tem um porto fotogênico e grande, sendo rota turística de muitos cruzeiros. Local privilegiado para a observação de pássaros no outono e na primavera.

Na baía de Gleðivík, há uma famosa obra de arte ao ar livre do artista Sigurður Guðmundsson. São 34 ovos de granito, representando as 34 aves da região. A obra é chamada Eggin í Gleðivík e data de 14 de agosto de 2009.

Quase em frente à obra de arte, há a Gallery Freevilli, uma galeria de arte bem pitoresca, em que o próprio dono nos recebe. Me encantei!

Além dessas atrações, é possível ter uma visão panorâmica do alto da cidade para o mar e para o porto.

Seguimos viagem. No meio da estrada, avistamos um farol laranja que destoava no verde. Era o farol de Hafnarnes.

A Fardagafoss é uma linda cachoeira nos arredores de Egilsstaðir, leste da Islândia, no caminho para Seydisfjordur. Fácil acesso com uma trilha de 30 minutos. Possível ver a queda pela fenda de um canyon.

Enfim, chegamos em Seydisfjordur, uma cidadezinha cercada de montanha por todos os lados. A nossa última parada do dia e onde dormimos antes de continuar até o norte. A estrada sinuosa que contorna as montanhas serviu de cenário para o filme “A Vida Secreta de Walter Mitty”. Charmosa e colorida, a cidade fica ao redor de um lago. Possui um porto grande que recebe cruzeiros. O vilarejo vive da pesca, do turismo e do artesanato.

Possui uma igreja azul muito fotogênica e concorrida para fotos, já que na rua principal há um arco íris pintado no chão. Então, a foto é com a igreja ao fundo.

Além do extenso arco íris, há grafites e pinturas alegres espalhadas na rua principal. Demos uma volta no lago, conhecemos a piscina pública, mas que não funcionava domingo. Sentamos em um dos poucos restaurantes boa vibe e ali ficamos um bom tempo, vendo o movimento bem tranquilo das pessoas. Como toda comida na Islândia, muito saborosa. A cerveja sempre super gelada.

Finalizar o dia de uma viagem em um lugar calmo e gostoso, não tem coisa melhor. Desacelerar para dormir bem. Perfeito, não é verdade?

Ficamos em uma Guesthouse nessa micro rua principal e de frente para um dos painéis coloridos. Interessante foi a nossa chegada. A porta da Guest house estava aberta, na recepção (uma mesinha com uma placa dizendo “pegue a sua chave aqui”). Vários envelopes, cada um com o nome de um hóspede e a respectiva chave do apartamento. Ao lado, mapas da cidade, sugerindo apenas fotografar para não prejudicar o meio ambiente. Notamos essas ações ligadas à sustentabilidade em todo o país.

Hotel: Við Lónið guesthouse  Norðurgata 8, Seydisfjordur  

Dia 06: ida para a região de Myvatn no norte da Islândia (Viti Crater, usina geotérmica de Leirrhnjukur, Hverir, Grjotagja, Hverfjall, Dimmuborgir, Hofdi, Skutustadagigar)

Inspira, expira… prepare-se para a beleza dessa área! A paisagem no entorno do Lago Myvatn é um espetáculo, por isso serviu de cenário para filmes e séries como Game of Thrones, 007 Um Novo Dia para Morrer e Star Wars: O Despertar da Força.

No inverno, essa região muitas vezes fica isolada, em razão da quantidade de neve.

O principal bairro do Lago é Reykjahlíð, onde muitos se hospedam.

Começamos a explorar o norte da Islândia. A primeira parada foi em Viti Crater, uma cratera de 300 metros de diâmetro, em uma área geotérmica ativa. Viti significa inferno e tem tudo a ver, em decorrência da intensa atividade vulcânica.

O lago formado tem uma cor inacreditável, que pode chegar a azul turquesa, dependendo da claridade e da hora do dia.

Ao lado, já se avista a usina geotérmica de Leirrhnjukur. É a Companhia Nacional de Energia da Islândia e foi fundada em 1965. No caminho, há um chuveiro de água quente, no meio do nada. Até engraçado! Há também um mirante, de onde se pode ter uma visão completa da grandiosidade da usina.

Fato curioso é a de que a usina está em um campo aberto, não há cercas e nem arame farpado. Não existem guardas locais, enfim tudo exposto. Inclusive, as tubulações gigantes ficam expostas, há uma passando por cima da estrada e formando um pequeno arco. No verão, é possível fazer uma visita.

Na saída, se vê um Lago Azul, como se fosse uma piscina geotermal, parecido com a água da Blue Lagoon. No entanto, há uma placa informando que banho era proibido.

Hverir é uma parada impactante! Considerada uma das zonas geotermais mais ativas do país. Você vai se surpreender com essa paisagem. O estacionamento fica bem na entrada, não há necessidade de fazer trilha. Não é pago.

Na saída do carro, tivemos o nosso primeiro contato uma espécie de mosquinha semelhante à drosófila, muito comum no Norte do país. Em algumas atrações o cheiro forte de enxofre e a quantidade desses voadores atrapalham tanto que alguns compram um chapéu com uma tela mosqueteira.

São poços de lama borbulhantes na cor acinzentada, com as montanhas e o solo em tons avermelhados degrade, partindo do bege claro, passando por cor de terra e de barro. Muitos dizem que parece o deserto do Atacama. Não sei dizer, mas o Atacama está super na lista!

É possível chegar perto sem perigo, pois há cordas demarcando o limite de aproximação e garantindo a segurança. Não ultrapasse. O cheiro de enxofre se espalha e toma conta do local. Impressão de que estávamos caminhando na lua ou em Marte.

Grjotagja está a 12 km de Hverir, é uma caverna magmática com uma bela piscina natural de águas termais azuis. Proibido o banho, apesar de muitos desrespeitarem. O estacionamento é na beira da caverna. Mais um dos cenários de Game of Thrones (cena de amor entre Jon Snow e Ygritte).

Se havia dúvida se estávamos pisando na lua, na próxima parada, em Hverfjall, deixou de existir. Uma cratera negra nos dá a certeza de estarmos na lua! Há banheiro público e limpo no local. Para subir, uma trilha íngreme de uns 15 minutos. Vista para o Lago Myvatn.

Dimmuborgir significa “castelos escuros”, é uma área de rochas magmáticas, formadas do contato da lava com a água de um pântano. O resfriamento provocou grandes células ocas e estruturas desenhando belas esculturas de pedra negra.

O estacionamento é gratuito. Possui trilhas de fácil acesso com placas informando a distância e o tempo de duração.

De acordo com as lendas nórdicas, há conexão do mundo terreno com as regiões infernais. Há cavernas, remetendo às moradias dos trolls. A mais conhecida é a Kikja (ou igreja).

Strípar é uma região que vimos no caminho do hotel, no meio da estrada. São formações rochosas de lava que se estendem até a beira do Lago de Myvatn. Na volta do jantar, vimos um pôr do sol espetacular nessa região.

Além dos que estavam no nosso roteiro, você pode incluir: (1) as pseudo crateras formadas pelas explosões de gás quando a lava fervente subia dos pântanos. Chamadas de Skútustaðagígar; (2) Höfði uma formação rochosa que se estende até as águas do Lago Mývatn. As formações de lava incomuns, tanto offshore quanto em terra, são denominadas de Klasar e Kálfastrandarstrípar, estão entre as áreas mais bonitas ao redor de Mývatn.

Pernoite no Laxá Hotel: Olnbogaás, 660 Mývatn

Dia 07: Myvatn (norte da Islândia). Círculo de Diamantes. Dettifoss e Selfoss. Hafragilfoss. Canyon Asbyrgi

Acordamos bem cedinho e a nossa Iceland road trip seguiu pela região norte. Para fazer essa parte, são necessários 2 dias intensos. O tempo permanecia bom. Aliás, o frio estava bem tranquilo. O inverno é bastante rigoroso e sujeito a mudanças de roteiro, porque muitas estradas fecham. Baixe o aplicativo! No verão encontramos todas as estradas abertas.

Nessa região está o chamado Diamond Circle de características vulcânicas e geotérmicas, cujas principais atrações são: a Dettifoss, o Canyon Asbyrgi, o Lago Mývatn e a cidade de Húsavík.

A primeira parada foi para ver a cachoeira de Dettifoss (ou “Cascata do Desmoronamento”), considerada a mais poderosa da Europa em termos de volume de água. No mesmo local encontra-se a Selfoss, que é menor e igualmente bonita. As duas cataratas estão próximas. Há placas informativas para vê-las de variados ângulos. 

Você pode escolher o lado leste ou oeste. A margem leste possui uma estrada fácil em todo o canyon e, ainda, é possível ver a Selfoss e a Hafralgilfoss. Do lado oeste ou Cisjordânia as trilhas para caminhada são mais fáceis (especialmente para Selfoss), com vista melhor para a Dettifoss.

Do estacionamento, é uma caminhada de mais ou menos 2 km.

A segunda atração do Círculo de Diamante é o Canyon Asbyrgi, que possui formato de ferradura, localizado em um parque nacional, com floresta de salgueiros. Uma falésia com a altura de 100 metros corta o parque.

A cereja do bolo está na chegada ao lago, lembrando um dos quadros impressionistas de Monet. Todos ficam em silêncio e quase imóveis apreciando. Não deixe de caminhar pelo parque e tenha vistas incríveis.

A próxima parada foi para ver a cachoeira de Hafragilfoss, de cima. É possível chegar de carro bem próximo a um despenhadeiro de vistas panorâmicas. A imagem de cima para baixo é fantástica. Vale a pena!

Para fechar o dia com chave de ouro, um relax merecido na piscina termal de Myvatn, com a água a uma temperatura de 38 graus, em contraste com a temperatura externa de 27 graus. O dia foi o mais quente da viagem! Pegamos sol forte e céu azul nas águas termais e consegui suar… risos! Tem opção de um tanque a 41 graus, para os fortes.

Os três melhores restaurantes da região são o do hotel Laxá (hotel que nos hospedamos e  aprovadíssimo), o Vogafoss e um Bistrot chamado Voga.

Mais uma noite no Hotel Laxa. Jantamos por lá e recomendo mais do que o da noite anterior.

Dia 08: Godafoss (Catarata dos Deuses), Baleias e Akureyri

Partimos em direção à cidade de Akureyri, chamada de capital do Norte. É a segunda maior da Islândia. Antes de chegarmos, visitamos a Godafoss, situada entre a nossa cidade destino e o Lago Myvatn, conhecida como a “catarata dos deuses”, com um grande volume de água.

O nome se deve a uma lenda. No ano 1000 d.c., Thorgeir Thorkelsson deu orientação ao parlamento para a Islândia seguir o cristianismo. De volta para casa, ele acabou jogando várias estatuetas pagãs nessa cachoeira. 

A região norte contempla um dos principais passeios do verão, que é o de avistar as baleias. A grande maioria dos turistas vai a Húsavík em busca desta experiência. Nós estávamos em dúvida se faríamos ou não, pois sou meio “cautelosa” com o mar. Já tive algumas situações desagradáveis e que me levaram a ter mais cuidado. Risos.

Resumindo, decidimos na véspera e, claro, não tinha mais horário para o dia seguinte. Então, a nossa opção foi a de fazer em Dalvik, próxima a Akureyri. Conseguimos um horário que se encaixava na programação e no barco que fazia o passeio em menos tempo. Perfeito!

Baleias 

Após a visita a Godafoss, fomos direto para Dalvik. Acabamos chegando cedo. É um pequeno vilarejo, onde a probabilidade de ver baleias é maior do que em Húsavík. Além disso, pela proximidade com a Costa, o tempo de passeio seria menor. 

A melhor época é entre os meses de junho a agosto.

Onde? Foi o que já expliquei. Húsavik é o local mais conhecido. Normalmente, o viajante combina a sua ida ao norte com esta cidade, que faz parte do Diamond Circle e são apenas 60 km (1 hora) de Myvatn.
Dalvik é mais próxima de Akureyri e recomendável para quem vai fazer o oeste.

Fechamos com a Empresa Artic Sea Tour. Faça a reserva no site

Tipos de barco: o chamado speed, onde vão 12 passageiros. O bote é grande e estável, com a velocidade de 30 km/ hora. O passeio tem duração de 1:30/2:00. Já o barco tradicional é como se fosse uma traineira grande, de carvalho, com maior capacidade de passageiros e velocidade menor. O passeio leva 2:30/3:00.

Valores: incluído um macacão, aquecido e à prova d’ água, e colete salva vidas. 108 € (speed) e 67 € (oak).

Além das baleias, vimos golfinhos saltitantes! Para quem é o do meu time em relação ao mar e barco, aviso aos navegantes que foi um sucesso. No início fiquei bastante receosa, porque o barco voava. Foquei nas boas vibrações e segui bem!

Outro aviso: para quem acha que as baleias pulam em volta do barco, esqueça. Elas estão no habitat natural e não tomam conhecimento de que estamos por ali. Submergem a cada 7 minutos de diferentes lados e distâncias. Não há várias, apenas uma ou duas, no máximo.

Se você optar por Húsavík no verão, reserve com 2 ou 3 dias de antecedência. O passeio dura em torno de 3 horas.

Chegando em Akureyri, deixamos as malas no hotel, localizado na rua principal e super movimentada, com barzinhos, restaurantes e comércio. Descemos para fazer o famoso reconhecimento e descobrimos vários points que compartilho com vocês.

Uma cidade grande para a Islândia, considerada a capital do norte. Demos um giro nos principais pontos (jardim botânico, catedral e na rua de comércio).

Finalizamos o dia no rooftop Strikid. Deliciosa comida com uma paisagem para o porto. A gerente é uma brasileira, a primeira que encontramos desde o início da viagem. Ela não via conterrâneos por lá há mais de um ano. O Instagram do restaurante é @strikidrestaurant.

Na volta para o hotel, um acontecimento curioso na rua principal. Um desfile de carros antigos. A cidade parou para assistir.

Hotel: Centrum Hotel , Hafnarstræti 102 , 600 Akureyri – bem bacana, estilo Boutique no coração da cidade.

Dia 09: saindo do norte em direção ao oeste, para conhecer a península de Snæfellsnes. Glaumbauer, Kolugljúfur, Hvammstangi, península de Vatnsnes (Ilugostadir e Hvítserkur).

Pé na estrada em direção à bonita península de Snæfellsnes, oeste da Islândia.

Casinhas antigas com telhado de relva de Glaumbauer, dispostas no museu folclórico no caminho, foi o nosso primeiro ponto. Cômodos com os móveis de época representando a vida cotidiana dos colonos da região. A construção mais antiga é do século XVIII. A principal era conhecida como skáli, composta por uma lareira central aberta e duas plataformas elevadas, chamadas de conjunto.

Hoje em dia essas casas de relva e grama não são mais construídas na Islândia.

No caminho encontramos uma pequena ilha chamada Hrútey, com uma ponte e um visual bonito. Não atravessamos, mas vimos que há uma extensa vegetação e muitos pássaros.

De lá, seguimos para a Kolugljúfur, onde várias cachoeiras formam a Kolufoss. A vista preferida é atravessando a ponte de madeira e descendo. Na queda d’água, um belo canyon e muitas fotos. 

A próxima parada foi uma tentativa de ver focas. Uma cidadezinha chamada Hvammstangi. Fomos ao centro de informações e o gentil rapaz nos deu indicação de um point, só que elas não deram o ar da graça. No mapa, tinham outros dois pontos de interesse (Ilugostadir e Hvítserkur). Apesar de um deles ter sido bem longe, valeu muito a pena pela beleza.

Hvítserkur é uma escultura natural fantástica de basalto no oceano que pode lembrar um rinoceronte, um elefante ou um dragão bebendo água. Há várias espécies de aves transitando por lá e tivemos a impressão de ter visto um leão marinho ou uma foca.

Trilha de 5 minutos do estacionamento. Se quiser, desça até a praia. Um pouco íngreme e escorregadia. Nós descemos. Claro! A visão para a obra de arte da natureza foi no mesmo plano.

Pernoite na farm house mucho doida, mas super diferente e com a possibilidade de andar a cavalo. Não fizemos, porque chovia! Lysuholl, Snæfellsnesvegur, 356 Snæfellsbær.

Dia 10: península de Snæfellsnes (Oeste da Islândia). Arnastapi.

Para fazer esse lado, 2 dias são ideais, exceto se quiser ver somente alguns pontos. Essa área merece um tempinho maior de contemplação. Recomendo já acordar na cidade da região. Optamos por dormir em Snæfellsbær, porque não havia mais hospedagem disponível em Hellnar ou Arnastapi. Assim, se puder faça o pernoite em uma delas, já que mais próximas das atrações.

Reta final da nossa jornada e não podemos reclamar do tempo. Até céu azul e calor pegamos. Nesse dia choveu tudo o que não choveu a viagem inteira, além disso ventou e fez frio. Atrapalhou um pouco a programação, mas seguimos mesmo na chuva! Pulamos alguns pontos de interesse.

Descemos direto para Arnarstapi, um vilarejo de pescadores. Faríamos uma trilha de 2,5 km até a cidade de Hellnar, porém a chuva torrencial nos impediu de caminhar. Fomos de carro por fora.

Arnarstapi é uma graça de cidade, mesmo debaixo de chuva. Os seus penhascos, com a visão para o porto e para o mar nos encantaram. A localização é bem no início da trilha para Hellnar. O Gatklettur é uma formação rochosa que parece ter sido esculpida pela natureza. Possível vê-la do alto do penhasco.

A estátua e o mirante de Bárður, uma homenagem a um famoso personagem islandês, metade homem e metade troll. Dizem que se tocar na estátua ajuda os viajantes. Não custa tocar, né?

Ainda na cidade é possível encontrar a estátua de homenagem a Julio Verne, de Viagem ao Centro da Terra. Saindo de Arnarstapi, em direção a Hellnar, passamos por vários pontos de interesse para você incluir no seu roteiro.

Londrangar é uma parada que recomendo, um castelo rochoso no meio do mar. Tudo o que restou da grande cratera vulcânica foram dois pilares (de 61 e 75 metros). A vista do penhasco é deslumbrante! O acesso é fácil por uma passarela antiderrapante.

Caverna de Vatnshellier uma gruta com a temperatura de 4 graus, onde há uma escada e é possível fazer uma visita guiada contratada no próprio centro de informações do local.

Djúpósaandur é uma praia de areia negra, localizada no Parque Nacional de Snæfellsjökull. É conhecida como “praia da pérola de lava negra” e impressiona por diversos aspectos. O acesso do estacionamento é pelo lado esquerdo dos banheiros. Vá descendo, seguindo a trilha e admirando a paisagem com rochas vulcânicas cobertas por musgos, além da vista para um canyon e para o lago.

Ao chegar na praia, você pode observar os destroços oxidados de um navio britânico naufragado em 1948, que estão espalhados pela praia até hoje. Esse foi o primeiro impacto.

As ondas são assustadoras e o banho é proibido. Me aproximei para filmar a violência das ondas que estavam bem afastadas e, de repente, veio uma muito rápida, que me fez correr. Então, toda a atenção nas praias de areia negra, pois o mar é assustador.

Mais uma curiosidade: logo na entrada da praia há uma placa informativa e quatro pedras de diferentes tamanhos. Elas eram utilizadas por pescadores para testar a força e ​​para qualificar os homens para o trabalho em barcos de pesca. A maior pesa 154 kg. A considerada de meia força é de 100 kg, a fraca pesa 54 kg e o pescador dado como inútil era aquele que só aguentava 23 kg. Logo, o peso mínimo que um homem teria que levantar era de 54 kg.

Em seguida, a Saxhóll Crater. Esta cratera está situada no Parque Nacional de Snæfellsjökull. Há uma escada em metal facilitando o acesso do estacionamento ao topo, em média 10 minutos.

Rauðfeldsgjá é uma fenda profunda na rocha formando uma cachoeira no interior de uma caverna, ao sul da geleira Snæfellsjökull, na qual há uma lenda trágica familiar ligada ao nome. É possível entrar na fenda para observar. Há um estacionamento na estrada e uma caminhada 10 minutos até o acesso.

Kirkjufell ou “Church Mountain”, a famosa montanha da 7ª temporada de Game of Thrones. É a mais fotografa do país, em razão da sua formação. A impressão é de que foi moldada por um tufão.

O melhor ângulo para registrá-la é com a cachoeira em primeiro plano e a montanha ao fundo. Como chovia e ventava horrores, dei a minha própria interpretação! Risos!

Na pequena cidade de Búðir, onde há campos de lava de Búðahraun, encontramos a bela e fotogênica igrejinha preta.

Em seguida, fomos atrás das focas na Praia de Ytri Tunga. Elas ficam próximas às pedras e se camuflam com pedras acinzentadas, por isso é preciso pular algas e caminhar até lá! Registrei tudo.

Depois do dia intenso, partimos para a nossa próxima base de pernoite: a cidade de Borgarnes. Jantamos em uma restaurante típico islandês e a comida estava maravilhosa. Super indico! Englendigavik Restaurant.

Pernoite na cidade de Borgarnes, na Guesthouse Private and Peaceful one bedroom apartment  15 Skúlagata. Uma pegada zen e com o melhor café da manhã da cidade. O nome do restaurante da Guesthouse é Blomasetrid.

Dia 11: península de Snæfellsnes (fonte termal, Hraunfossar) e ida para Reykjavik

Tínhamos mais uma noite em Borgarnes, no entanto a cidade era muito pacata. Então, optamos por fechar a nossa viagem em Reykjavik.

O tempo ainda não estava bom. Por isso, começamos pela fonte termal de Krauma. Na verdade, um spa com uma experiência elegante e mais exclusiva. 5 Piscinas geotermais de água quente e uma de água fria. Sala de descanso com lareira. A apenas 1 hora da capital.

Foi uma boa opção para um domingo relax e um final de viagem! 

Aproveito e abro um parênteses para as fontes termais. Todos os dias tinha road trip; rodávamos bastante para ver as belas paisagens. Então, o momento relax era nas fontes, com a água a 38 graus. Fizemos quatro e compartilho com vocês as características de cada uma.

Blue Lagoon é a atração mais famosa. Abastecida por água da estação de energia geotérmica de Svartsengi. O pacote básico inclui máscara facial e drink. Turistão que não pode faltar! Fica a 50 km de Reykjavik.

Secret Lagoon é a piscina geotermal da galera local. O ambiente é familiar e sem o glamour das outras. Digamos que é mais “raiz”. 1:30 da capital.

Myvatn Baths é uma espécie de Blue Lagoon menor. Localizada no norte. Aqui há uma preocupação maior com a higiene. Exigem antes da entrada o banho nu completo no vestiário.

Depois, visitamos as cachoeiras de Hraufossar e Barnafoss. A primeira formada por uma série de filetes de água que fluem para um campo de lavas, dando a impressão de a água jorrar das rochas. A segunda significa cachoeira das crianças, originada de uma história trágica, em que crianças que ali brincavam, atravessaram a ponte natural e caíram no rio. A mãe destruiu a ponte, para que nunca mais acontecesse nenhum acidente.

Impressões da Islândia e o nosso adeus

A Islândia é uma terra de vikings, beleza selvagem e estonteante. A natureza não fala, mas grita! É viva e criada sozinha! O que quero dizer com isso? Que as cachoeiras são gigantes, a força violenta das quedas jorra água a metros de distância, faz barulho!

As praias são vulcânicas! O chão preto de areia se mistura com pedras negras. Suas rochas são colunas altas de basalto, em cinza chumbo, que se fincaram ali agressivamente. O mar não poderia ser calmo, muito pelo contrário, é forte, bravo e assustador. 

A beleza está aí! Ela escandaliza, ela afoga, ela sacode! Sacode mesmo. O vento carrega a porta dos carros e, muitas vezes, faz a gente sambar sem querer!

A natureza não pede licença quando você se aproxima! Ela invade! Confesso que não chega a emocionar, mas levanta os poros do braço, aguça os sentidos, porque nada é previsível e isso te põe atento o tempo todo. 

Caminhar pelas crateras dos vulcões considerados ativos, sentir o calor quente no rosto dos poços de lama, com o odor de enxofre que adentra pelas narinas e ali permanece.

Chegar perto dos glaciares e ver a imensidão branca dos blocos de gelo no tamanho de prédios. O frio que consome e nem a roupa mais quente, aquece.

Baleias que não querem conversa e ficam na delas. 

Uma estrada boa, sem acostamento, com pontinhos brancos e pretos de feno, cobertos pelo plástico, por causa da chuva. As ovelhas comilonas e os cavalos livres, que parecem selvagens, mas não são, quebram os campos verdes do verão.

Os islandeses são educados, firmes e honestos. Nada os abala! Influenciados pelos trolls, elfos e duendes, são preocupados com a sustentabilidade! Claro! Conexão direta com a natureza! Seu lema é de que tudo vai dar certo.

A comida posta na mesa é saudável e saborosa. A cenoura tem um gosto de cenoura maravilhoso que eu desconhecia. A água é leve e pode ser tomada diretamente da torneira.

A terra do fogo e do gelo nos conquistou. Se volto? Volto sim! Agora, com as crianças e no inverno! Bless (adeus em islandês)!

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